Na penumbra do teu olhar
caem astros famintos de sonho
estrelas colidem no luar
dos teus lábios cheios
de silêncio e de segredo.
O medo cego de me perder,
de te perder no meu medo
e de, cega, caminhar sozinha
incapaz de te ver
a meu lado.
O teu corpo colado
ao meu corpo despojado
de pudor e de norte.
Todos os pontos cardiais
desenhados na pele
morena, sedenta da morte
vivida em cada recanto
da tua alma sã,
da tua boca vã
sem a minha.
E um luar soturno
emerge da rima perfeita
dos nossos corpos que,
ora cindidos, ora fundidos,
são luas de sangue e de fogo
eclipsadas em desejo,
luz a acenar num céu nocturno.
NC
domingo, 15 de fevereiro de 2009
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