Homem sem nome
Diz-me quem és, homem sem nome!
Vagueando nas ruas e morto de fome.
Sem tecto, sem esperança e sem vida.
Apenas um vulto, uma alma perdida.
De bolsos vazios e coração desfeito,
Já teve emprego, família e respeito.
Agora nada tem e nada é,
Sem eira nem beira, apenas ralé.
De olhar sempre triste e mão estendida,
Contando as esmolas, assim passa a vida.
Esquecido por todos, uma nuvem de fumo,
Um homem sem nome, um marginal sem rumo.
Nadina Carvalho in "Os Dias do Silêncio"
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